Não é segredo que eu sempre gostei de me alimentar bem. Já escrevi sobre esse assunto diversas vezes aqui no meu blog! Quando soube que estava grávida, um dos meus primeiros intuitos foi buscar orientação sobre o que mudaria em minha vida. Surgiram dúvidas sobre como seria minha alimentação na gravidez, ou se o que eu considerava bom para mim também seria para os meus filhotes.
Como atleta, sempre fui muito disciplinada e seguia à risca todas as orientações que recebia da equipe médica dos clubes pelos quais passei. Tenho também aqueles profissionais maravilhosos que me acompanham desde sempre, me ajudando e auxiliando no que é preciso em relação á minha alimentação e outras coisas da vida. Mas esse era um assunto completamente novo no meu universo! Quando comecei a pesquisar, percebi que o assunto é tão rico que resolvi escrever sobre isso aqui pra vocês!
Se você também está na expectativa para ver seus bebês crescerem fortes e saudáveis, leia um pouquinho do que conversei com a Drª. Patrícia Oliveira sobre alimentação na gravidez!
Como deve ser a alimentação na gravidez? Quais nutrientes não podem ficar de fora?
A alimentação na gravidez deve rica em frutas e verduras de origem orgânica de preferência. Deve-se evitar alimentos embutidos, assim como enlatados, frituras, doces, bebidas alcoólicas, refrigerantes, ou seja, produtos industrializados e altamente processados. Componentes importantes para uma boa gestação, incluem macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras), micronutrientes (ferro, ácido fólico, vitamina B12, B6, vitamina D, cálcio, colina, etc.) e ácidos graxos (ômega 3).
Quais os benefícios de alguns nutrientes que você citou, tanto para a mãe, quanto para o bebê?
- Ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6 e colina trabalham em conjunto para regular os níveis de homocisteína circulante, que em níveis elevados está associada a doenças cardiovasculares, transtornos placentários, parto prematuro, baixo peso ao nascer, e pequeno para a idade gestacional (PIG) e outros efeitos adversos, tais como: autismo, TDHA. O folato e vitamina B12 ajudam também a prevenir a anemia megaloblástica.
- A vitamina C e E são antioxidantes. Elas protegem contra a peroxidação lipídica, reduzindo marcadores do estresse oxidativo, aumentando a sobrevida neuronal. Além disso, reduzem as disfunções placentárias (descolamento prematuro da placenta).
- A suplementação de cálcio reduz o desenvolvimento de transtornos hipertensivos de gravidez.
- Ácidos graxos Ômega 3 reduzem o risco de parto prematuro. Eles têm um importante papel anti-inflamatório e faz parte da formação do sistema nervoso central do bebê.
- Ácido Alfalipóico (ALA): aumenta a sensibilidade à insulina e adequada utilização da glicose, reduz a incidência de defeitos do tubo neural, malformações cardíacas e cardiovasculares, função neuroprotetiva, previne o dano ao DNA, elimina radicais livres, quela metais de transição e promove a regeneração de antioxidantes endógenos com vitaminas C e E.
- A vitamina D desempenha um papel importante na manutenção da estrutura óssea adequada. Além disso, previne infecções, reduz o risco de parto prematuro e diabetes gestacional.
- O aumento da vulnerabilidade à deficiência de ferro ocorre no terceiro trimestre e são necessários bons níveis na preparação para a perda de sangue durante o parto.
Quais alimentos devem ser evitados durante a gravidez?
O consumo de bebidas alcoólicas na gravidez está associado ao atraso no crescimento e desenvolvimento do bebê. Por isso, bebidas alcoólicas devem ser evitadas. Adoçantes artificiais, que encontramos com frequência em produtos diet ou light, não são seguros, por isso, o melhor é elimina-los da alimentação na gravidez.
O café e outras bebidas estimulantes, como coca-cola, chá preto ou verde, também devem ser evitados. Essas bebidas podem aumentar o risco de aborto espontâneo. O ideal é não consumir mais de uma xícara delas por dia. Já a canela não pode ser usada durante a gravidez! Ela aumenta a contração uterina, provocando aborto ou parto prematuro.
Outro ponto super importante: a alimentação da gestante, que não está imune à toxoplasmose, não deve incluir carne mal passada. É muito importante beber água filtrada ou fervida. Além disso, lavar muito bem todos os alimentos consumidos crus, como frutas e verduras. Estes alimentos podem levar teratógenos (mercúrio, chumbo) epatógenos (listeria, salmonela, toxoplasma).
A Drª. Patrícia Oliveira é Nutricionista Biomolecular, Clínica, Esportiva, Materno Infantil e Nutrigenética na Vitale Nutrição Ideal.
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