Alguns de vocês devem ter visto a entrevista que o treinador e querido amigo José Roberto Guimarães deu ao programa Bola da Vez, dos canais ESPN. Ele foi convidado para falar sobre suas experiências a frente das Seleções Brasileiras de Vôlei e também do lindo projeto que vem desenvolvendo em Barueri.
Durante o programa, o Zé comentou como é difícil jogar contra as melhores seleções do mundo, como é cansativo viver viajando, e porque a vitória da Seleção Brasileira em grandes campeonatos representa tanto (superação) para a equipe. Como acompanhou de perto nossas histórias, conhece a dor e as dificuldades pelas quais precisamos passar para chegar aonde chegamos.
O apresentador perguntou ao treinador se ele tinha um exemplo de jogadora de vôlei com perfil de treinar, correr atrás, fazer sacrifícios e se submeter aos treinos exaustivos para conquistar seus objetivos e estar entre as melhores do mundo e ele me citou! Fiquei extremamente feliz porque nós sabemos como minha história foi construída com muita garra e determinação.
Depois desse comentário do Zé fiz uma breve viagem no tempo. Passou um filmezinho na minha cabeça sobre as dificuldades que enfrentei ao longo dos anos que me dediquei ao vôlei. Também me recordei da felicidade que sentia a cada superação, por mais pequenininha que fosse (aos olhos dos outros, porque aos meus era tudo muito grandioso).
Assistindo a entrevista, fiz uma breve pesquisa e percebi que existe muita informação publicada sobre a minha carreira, títulos, jogos e prêmios – com adendo de agradecimento ao torcedor brasileiro por cada texto apaixonado que li!. Mas, existe pouca coisa falando sobre o lado de cá, da preparação e da superação que antecede cada um desses jogos e títulos.
Por isso, no post de hoje vou comentar as falas do Zé Roberto!
“Ela não era extremamente talentosa. Ela se tornou uma jogadora de vôlei ‘fora de série’ pelo esforço e pela determinação – por querer. Ela quis muito. Então foi pra Itália jogar, queria estar entre as melhores e aprender com as melhores”.
Quando decidi que queria estar entre as melhores do mundo, busquei amadurecimento e experiência entre elas. Precisei ter muita força de vontade enquanto buscava melhorar minha técnica – longe da minha família e amigos, morando em outros países. Mas, o que me movia era a determinação em superar meus limites.
Lembro de não estar satisfeita, nem me acomodar. Sempre queria me aperfeiçoar em alguma coisa e por isso agarrava os treinos extras com unhas e dentes. Acho que esse é um dos motivos pelos quais todos os técnicos gostavam muito de mim – por que sempre busquei a excelência e não me contentava com pouco, queria mais!
“Fisicamente, ela não é um suprassumo. Tem dificuldades, mas superou todas essas dificuldades. É uma das jogadoras mais inteligentes que conheci – e determinada.”
Um dos grandes desafios que enfrentei foi em relação ao meu porte físico. Como sou muito magra, sempre tive que realizar um trabalho importante para o ganho de massa muscular e pra conseguir “bater forte”- como dizem. Sempre soube da minha limitação, então corria atrás (Zezinho me ajudava e me passava treinos extras) para conseguir estar em alto nível.
“Se tornou líder e aprendeu a ganhar durante os anos de convivência, de campeonatos e viagens.”
A liderança veio naturalmente. Eu fui pra Itália muito novinha, com apenas 20 anos. O país tinha o melhor vôlei do mundo e todas as melhores jogadoras atuavam lá. Fui pra aprender e me dei super bem. Fiquei quatro anos, fui campeã italiana, construí uma bela história e inclusive tiver o prazer de ser liderada pelo Zé Roberto lá também, que chegou a ser técnico da minha equipe.
Depois, joguei na Turquia, que era o melhor vôlei do mundo na época também. Ou seja, sempre estive entre as melhores atletas. Isso, sem dúvidas, contribuiu para a minha formação e na busca por me tornar uma jogadora de vôlei melhor a cada dia!
Fiquei bem feliz em saber que sou vista como exemplo de força e garra! Não escondo minhas limitações e sei que minhas colegas de profissão também tinham as suas – e cada uma lutava, à sua maneira, para supera-las.
Mas que a gente sente aquela pontadinha de orgulho em ter construído uma história tão forte e linda (ah, isso sente!).
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[…] vimos, coração e pulmão são estimulados na atividade caminhar. Para se atingir a meta é importante praticar essa atividade dentro de […]
Todos esses relatos poderiam se tornar um LIVRO! Já pensou? Eu me senti muito instigado e determinado a correr atrás dos meus sonhos! Não gosto de títulos de auto ajuda, acho q não encaixa, mas são RELATOS MUITO INSPIRADORES.
Sheilla, vc é uma grande inspiração e espero um dia me tornar um grande jogador como vc e o Wallace por exemplo. Tenho minhas dificuldades, mas espero conseguir superar a maioria delas… beijos
Por isso sheilla que voçe não pode para de joga pela nossa seleção.
Me afastei do Volley, no princípio dos anos 90. Voltei acompanhar o Volley, depois de Londres. Adorei as Palavras do Prof. Zé Roberto e a Matéria do Blog. Você já sabe, que sou o seu Fãs Número Hum. Agora te amo, + ainda. Do seu “Nice Pic”, Aga.
Uau,Uau!!! amo suas postagem… O seu nome é o primeiro que me vem a cabeça quando me perguntam o significado da palavra: ORGULHO. Por isso sou fã cada vez mais… E tenho orgulho e é Exemplo a ser seguida por qualquer área para qualquer profissão… O Sentimento mais confuso e sincero mais forte e leal! Ser fã não é apenas saber tudo sobre o ídolo é muito mais que isso! Enquanto muitas vive de bebidas, álcool, drogas.. eu vivo de um sorriso, de uma pessoa que nem sabe quem sou, mas que eu amo mesmo assim e admiro muito. No dia que a gente se encontrar e eu não conseguir dizer nada, apenas me abrace e olhe nos meus olhos, eles iram te dizer tudo. Mesmo você não sabendo quem eu sou, eu estarei contigo aonde quer que você vá!
Parabéns vc é um exemplo!!! Super talentosa e dedicada, ama o q faz….
Sheilla, acompanho cada passo da sua carreira há um bom tempo e não consigo mensurar o tamanho do meu orgulho por você! Era uma menina ainda quando vi um time de guerreiras pendurar no peito medalhas amarelo ouro e aquilo mudou minha vida para sempre. Procurei saber das histórias e me senti imediatamente conectada com você – também sou uma “menina de vó”. Até hoje me emociono com o documentário sobre Londres 2012, quando você lê o email que seu irmão enviou. Por ter passado por isso, sei que essa foi outra barreira que você teve que superar. E isso tudo, a técnica, a distância, o físico, são detalhes que abrilhantam ainda mais sua trajetória. Levante sempre com a cabeça erguida por saber que você fez história no esporte brasileiro e na vida de muitas pessoas que se inspiram e se espelham em você. Espero ver você arrasando em quadra novamente, sei que você ainda tem muito pra mostrar – apenas mais alguns obstáculos no caminho.
Interessante esse ponto abordado sobre o seu físico. Podemos perceber que vôlei não é só força, aliás, a inteligência junto à técnica, a fez uma das maiores jogadoras de todas, não que o físico nao fizesse diferença, mas sua garra e desejo de aperfeiçoar sua habilidade, faz com que o físico seja so mais um detalhe diante da grandeza e potencial alcançado. Parabéns Sheilla, você inspirou e inspira vários profissionais, não só atletas como também em outras carreiras. Abraço
Que lindo, por essas e por outras que é tão querida. Mesmo aqueles que não te amam, no sentido de torcer diretamente por vc ou pelos seus times, aprenderam a te respeitar e respeitar toda essa sua garra e determinação. A Fofão também te citou recentemente como um exemplo, foi em uma entrevista para o Canal Fora de Quadra no YouTube. Tudo de melhor sempre, Sheilla!